sábado, 26 de outubro de 2013

D37 - Rua

Ontem foi um dia importante na etapa de recuperação. Fui liberado para pedalar na rua e começar a botar mais força no pedal. Além de iniciar a musculação.

Até ontem, desde que voltei da minha última viagem, tenho pedalado e nadado todos os dias. Comecei com 30 minutos de pedal e 30 de natação com bóia e nos últimos dias 45 com 45. E agora comecei a separar a natação do pedal que passou para 60 minutos.

Da musculação o que devo fazer é: leg press com menos de 90°, adutora e abdutora. Começando leve e com 3 séries de 10 repetições e gradualmente subindo os pesos. Além disso devo começar a caminhar na areia fofa.

Para andar não sinto nenhum desconforto. Descer escadas ainda incomoda um pouco.

Para nadar tô liberado para bater perna livremente somente no estilo crawl.

É isso por enquanto. No geral estou bem feliz com a recuperação. Não imaginei que poderia voltar a pedalar assim com menos de 40 dias.

Bom...pontualmente agora só falta o clima colaborar...tá a maior chuva lá fora...

Vou caminhar na areia...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

D30 - Acelerando

Hoje faz exatamente um mês da cirurgia. Foi e está sendo duro. Mas tenho a impressão de que o pior já passou. A cada me sinto melhor, com menos restrições e dor.

Voltar à bicicleta mudou muita coisa. Na segunda pedalei bem devagar menos de meia hora. Na terça pedalei 30 minutos com um pouquinho mais de tempo. E hoje foram 45 minutos. Tudo isso devidamente sobre controle.

Tenho nadado diariamente desde a minha volta de viagem. Isso também tem me feito um bem maravilhoso.

Quem sabe um próximo desafio não seria um triathlon...

domingo, 13 de outubro de 2013

D27- Bem Devagarzinho

Hoje foi mais um marco. Montei a minha bicicleta no rolo. E dei minhas primeiras pedaladas depois de mais de um mes sem subir numa bicicleta. Foi um momento de muita felicidade...

Foram apenas poucas pedaladas...algumas poucas voltas na marcha mais leve e sem nenhuma carga....menos de 5 minutos...mas foi um marco. Ainda doi um pouco pois ainda nao tenho amplitude suficiente. Quando o joelho novo ta em cima doi um pouco. Mas ao final de algumas poucas voltas o joelho parecia um pouco mais solto...mais leve. Mas mesmo assim parei...sem abusar.

Amanha tento mais um pouquinho...

Que felicidade...

sábado, 12 de outubro de 2013

D26 - Ainda Não

A viagem de avião acabou me deixando um pouco inchado mesmo me levantando para andar algumas vezes. E o pior que ficava morrendo de medo de andar e tropeçar em alguém ou mesmo que o avião desse uma chacoalhada mais forte e eu perdesse o equilibrio.

Cheguei no hotel e logo fiz uma sessao de gelo com a perna para cima. Desinchou rapido e aproveitei para dar uma volta. Subi escadas, desci escadas, peguei o metro e ainda deu umas boas andadas. Tudo correu muito bem. Fiz mais gelo chegando no hotel.

No dia seguinte, comecaram as reunioes que aconteciam em 3 andares diferentes. E alem disso, precisava andar entre os andares que eram enormes. Eram reunioes seguidas comecando as 7h e terminando as 18h. Pauleira... De noite ainda fui a um concerto de metro. Errei o caminho, quase me atrasei e tive que pegar um taxi para nao chegar atrasado. Cheguei na pinta!!! Depois ainda fui dar um role para jantar.

Mais um dia com a mesma pauleira do dia anterior. So que ao inves do concerto, foi um happy hour seguido de jantar. Tocou o alarme da dor para me lembrar qua ainda nao era minha hora de voltar ao normal. Cheguei no quarto cheio de dores. Dores bem em cima da cicatriz e no seu entorno. Se eu apertasse um pulava de dor. Era uma dor bem dentro do osso. Doia sem fazer nada. Doia parado. Tentar falar com o medico e a fisioterapeuta. Ele sumiu e ela me socorreu. Parecia somente excesso...tomei logo o analgesico punk. Fiquei preocupado, pois no dia seguinte estaria voltando pro Brasil, encarando mais uma burocracia de viagem, alem de mais de 10h enfurnado dentro de um aviao.

Passei o ultimo dia me preservando ao maximo. Tentei andar o menos possivel. E ainda fiz gelo durante uns intervalos que tive durante o dia. Tentei dar uma volta na rua, mas tava meio de dificil de andar. Fui bem cedo para o aeroporto para poder fazer as coisas com bastante calma. E assim foi...e assim cheguei de volta ao Brasil. Foi tudo tranquilo. Vim tomando os remedios regularmente. E nao tive mais dores como aquelas.

domingo, 6 de outubro de 2013

D20 - O Meio do Caminho

Estou eu aqui de novo no Galeão. Acho que nunca viajei tantas vezes no mesmo ano.

Essa viagem é uma importante viagem de trabalho e me serviu de incentivo pra estar podendo embarcar bem hoje.

As filas e burocracias de aeroporto além de chatas são longas caminhadas lentas e cheio de esperas. Sempre achei chato, mas não tinha reparado o quanto nos obrigam andar. Quase estou arrependido de não ter trazido a minha muleta. Quem sabe assim furava umas filas...

Mas vou falar do meio do caminho.

O meio do caminho é um lugar cruel. O meio do caminho não pontual como o ponto de início e nem o ponto final. Não sou um cara que acabou de ser operado e tem mobilidade mega restrita e precisa de ajuda para quase tudo. E muito menos uma pessoa normal com toda a sua capacidade física plena. Estou bem no meio do caminho.

Tenho boa mobilidade e não carrego mais os sinais de quem está num processo de recuperação de uma cirurgia. Ou seja, as pessoas em geral não tem mais comigo mesmo cuidado e paciência que tinham quando estava de muletas. O mundo fica mais cruel.

E o pior, essa é a fase mais longa do processo. O meio do caminho dura muito. E o pior trecho é o começo do meio do caminho. E é nele mesmo que eu me encontro.

Bom só tem um jeito...tocar pra frente que a evolução vem com tempo e dever de casa com disciplina e responsabilidade.

A parte boa é que minha recuperação foi avaliada como excelente pelo médico. Porém existe um processo de cicatrização óssea e muscular que demora um tempo. Que não adianta eu me esforçar para acelerar que é um esforço pouco eficiente. Em termos de cicatrização só me resta esperar, dormir e comer bem.

Outra coisa boa é que hoje nadei depois da minha caminhada na piscina. Nadei meia hora praticamente sem parar nenhum momento. Foi uma delícia. Nadei com bóia nas pernas. E me senti maravilhosamente bem. Até queria ficar nadando muito mais tempo, mas um dos lemas da recuperação é devagar e sempre. A evolução precisa ser gradual e consciente. Mas já estou com a boia na mala e vou catar uma piscina na viagem.

Bom é isso por ora. Em menos de uma hora na estarei embarcando.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

D15 - Andando com As Próprias Pernas

Hoje foi um dia marcante. O primeiro dia que andei sem muletas. E também voltei a dirigir.

Como é bom poder andar com as próprias pernas. Ando lentamente e ainda inseguro, principalmente na rua. Onde tenho medo de sofrer um esbarrão ou mesmo uma coisa mais agressiva como um assalto. Afinal sou uma presa mega fácil.

Olha, mas eu sei que é bom. É uma sensação de liberdade muito boa.

Engraçado que sensação passada de as vezes ter preguiça de andar foi substituído pela alegria de poder andar. Espero nunca mais perder essa sensação. Preguiça de levantar e pegar alguma coisa. Espero nunca mais ter. Deixa que eu pego!!! Poder se locomover normalmente não é uma coisa banal nem comum. É um poder, uma capacidade muito especial, muito importante para a subsistência e independência do ser humano.

Outra sensação de liberdade é poder dirigir o seu próprio carro. O táxi é prático, mas é muito ruim depender dele para a sua locomoção. E como esse povo dirige mal...nem sei como eles se aguentam.

Duas coisas devo agradecer e destacar como fundamentais para chegar onde cheguei. A fisioterapia diária a partir do dia seguinte da retirada da tala.E os exercícios diários dentro da piscina. Fora isso a ajuda no meu dia a dia das pessoas queridas e das pessoas de relacionamento superficial e também de anônimos que se solidarizam ao ver alguém andando de muletas.

Vamos nessa que ainda estamos só no começo.