sexta-feira, 19 de julho de 2013

A Primeira Adaptação

Engraçado como o ser humano é um ser contraditório. Acho que a gente é um equilíbrio de desequilíbrios. Demais pra um lado ou demais pra outro...vai andar de lado. Por que estava pensando nisso?

Sou um cara que não gosta de rotina. Ou melhor, gosto de novidades. Não gosto de mesmices. Gosto de mudanças. Mas adoro minha rotina de esportes. Toda terça, quarta e quinta judô. Toda quarta, sexta e domingo pedal. Toda segunda e sábado tênis. Num ritmo similar venho assim desde sempre que eu me lembro. E exatamente assim venho a pouco menos de um ano. Praticando o meu triathlon e sendo muito feliz. Como consequência, mesmo com 43 anos os meus exames de saúde nunca tiveram tão bons. E também meu condicionamento físico.

Pois é... Mas quem disse que a vida  é moleza. Vou ter que operar o joelho e só devo fazer em meados de setembro. Por causa da competição da bike em agosto e compromissos de trabalho em setembro.

O primeiro problema a resolver é minha própria cabeça. Tentar nao sofrer por antecipação. Nos últimos anos acho que já não faço isso, mas cada situação é particular. Mas acho isso consigo gerenciar bem de algumas formas. Escrever esse blog é uma forma de baixar essa ansiedade, meditar é outra que quase não tenho praticado. E assim a vida segue.

Voltando à operação. A recuperação é longa e sofrida com uma nova rotina que nem sei como será. Sei que o meu triathlon vai demorar pra voltar. A expectativa é de voltar a andar direito com 1 mês. Voltar a pedalar em 3 meses. Voltar a jogar tênis em 6 meses.  Voltar a praticar judô em 9 meses. Voltar às competições somente em 2015, no ano que estarei completando 46 anos.

Mas o tema desse post não era nem esse. Engraçado que teoricamente eu poderia estar pedalando todos os dias me dedicando com toda a força pra competição de ciclismo que acontece no dia 8 de agosto. No entanto, não poder treinar judô nem jogar tênis desestabilizam a cabeça de tal forma que a própria dedicação ao ciclismo fica comprometida. Engraçado né... A lógica e a racionalidade não servem pra nada diante do inconsistente e suas vontades e não vontades.

Graças a Deus (não sou católico nem cristão, é uma força de expressão apenas), não sinto nenhuma dor ou instabilidade ou falha quando pedalo. Pelo contrário, me sinto super bem. Vou exagerar, mas acho que é a sensação de alguém de um cadeirante que cai na piscina para nadar. A minha sensação na bike é de liberdade e prazer.

Pode deixar!!!

Tô me refazendo e vou pedalar pra valer nas próximas 2 semanas que precedem a prova.

Nenhum comentário:

Postar um comentário